quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

é só uma vida. só.

Aqui há uns dias li este texto do Miguel Esteves Cardoso - Elogio ao amor.
Dá que pensar.

E pensei eu cá pros meus botões, deve custar custa como ó caraças terminar uma relação que é tão cheia de amizade e carinho que o amor fica perdido e a certa altura já não sabemos onde anda ele, mas achamos sempre que anda aí e portanto insistimos em continuar e continuar e continuar.
Será que há mesmo relações que só se mantêm porque o hábito assim obriga?
Então e as borboletas na barriga?
Então e os primeiros beijos?
Então e a ansiedade de receber uma mensagem, de não a receber, de ficar colada ao telemóvel à espera que toque, de vestir aquela saia, aquele vestido, aquele perfume, a vontade de abraçar, a vontade de imaginar um futuro a dois, a três, a cinco?
Então aqueles momentos de olhos colados sem falar só olhar?
A vida é para vivermos, arriscarmos, aventurarmos.

Eu sinto que estou a fazer isso, que me estou a permitir sair da minha zona de conforto, de dar baby-steps em direcção a uma aventura, que dure, ou que não dure. Mas que eu possa dizer que a vivi. E que fui feliz.
Às vezes acho-me a pessoa mais dependente do afecto de alguém.
Outras há que me acho a mulher mais independente que algum dia este Porto já teve, e aí vou eu de espada em punho!
Uma ou outra, sou sempre eu. E eu sou, ou devia ser, ou esforço-me por ser, contra a rotina, contra a monotonia, contra "ah e tal temos uma casa, temos contas, temos um passado, temos tanta lembrança que não dá para encaixotar que ai meu Deus que faço?". Pois temos, mas temos também toda uma vida pela frente. UMA VIDA.

Eu agora sou assim, se temos vida, é para viver.
Mas que há situações chatas pra burro, há. E amigos, nunca dizer desta água não beberei. Podemos bem ter que a beber.
Resta é saber a altura certa de pousar o copo e pedir outro.

2 comentários:

paulo disse...

acima de td vive, e nunca te arrependas...faz te crescer e seguir em frente :-)

Rosa com Canela disse...

não há cá arrependimentos :)